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Economia social precisa de estratégia para ser "mais forte e capaz"

O investigador Lúcio Rapaz defendeu hoje a necessidade de criar uma estratégia na economia social, para "tornar mais forte" e "mais capaz" o terceiro setor, que emprega mais de 260 mil trabalhadores e representa 3,8% do PIB.   Lúcio Rapaz, autor do livro "Estratégia & Gestão Estratégica na Economia Social - A Utopia Portuguesa", que é hoje apresentado em Lisboa, constatou, ao longo dos 12 anos em que lidou com mais de 20 organizações sem fins lucrativos, que não existe uma gestão estratégica no terceiro setor.   Com o livro, o economista pretende chamar a atenção que, "quanto mais fortes as organizações forem individualmente, mais forte será o setor como um todo".   Neste momento, o terceiro setor "necessita de um apoio não só a nível de políticas eficazes, mas necessita que o país pense sobre ele mesmo", disse à agência Lusa Lúcio Rapaz.   "Estamos a falar de um setor que é chamado quando o público e o privado fracassam, onde não chegam ou chegam tarde", disse, explicando que este setor se "distingue dos outros pelo reinvestimento dos excedentes" e porque "está no terreno, próximo sobretudo daqueles que mais necessitam".   O investigador destacou à Lusa "a dimensão" e o "peso extremamente significativo" da economia social, constituída por mais de 55 mil organizações, que representa 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), constitui 5,5% do emprego remunerado em Portugal e envolve mais de 14 mil milhões de euros em recursos financeiros   Fazem parte deste setor associações, instituições particulares de solidariedade social, mais de 2.000 cooperativas, mais de 500 fundações, quase 400 misericórdias e 120 mutualidades, sendo que mais de metade destas organizações está ligada à cultura, ao desporto e ao lazer e cerca de 30% são organizações de culto e congregações.   Perante esta realidade, Lúcio Rapaz defendeu ser "muito importante que o setor seja efetivamente pensado e que se traga a questão da estratégia na economia social para a ordem do dia", para que a economia social possa avançar de uma "forma ainda mais capaz".   O livro divulga os resultados de um estudo, que envolveu 14 organizações que caracterizam horizontalmente a Economia Social Portuguesa, e constatou "a falta de coordenação" entre as instituições e a falta de uma estratégia e gestão estratégica neste setor.   "A utopia portuguesa reside exatamente no facto de este mesmo setor ser constituído por organizações, que labutam diariamente a duas velocidades" ou realidades, disse Lúcio Rapaz.   Por um lado, há um grupo que tem "um reduzido acesso às técnicas eficazes" e caracteriza-se por "uma gestão deficiente e sem capacidade de prever o futuro, com uma estratégia pensada ano a ano, quando é pensada".   Mas, por outro lado, existe outro grupo (fundações, mutualidades) que "está munido das referidas técnicas" tem um "'know-how' específico" e é dotado de meios financeiros.   Neste grupo, já existe uma gestão estratégica que "antecipa eficazmente o futuro, cumprindo o seu dever de forma plena", disse o investigador.   O livro conta com o prólogo de Guilherme d'Oliveira Martins, com o prefácio de Adriano Moreira e posfácio do cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

30-03-2017

O investigador Lúcio Rapaz defendeu hoje a necessidade de criar uma estratégia na economia social, para "tornar mais forte" e "mais capaz" o terceiro setor, que emprega mais de 260 mil trabalhadores e representa 3,8% do PIB.   Lúcio Rapaz, autor do livro "Estratégia & Gestão Estratégica na Economia Social - A Utopia Portuguesa", que é hoje apresentado em Lisboa, constatou, ao longo dos 12 anos em que lidou com mais de 20 organizações sem fins lucrativos, que não existe uma gestão estratégica no terceiro setor.   Com o livro, o economista pretende chamar a atenção que, "quanto mais fortes as organizações forem individualmente, mais forte será o setor como um todo".   Neste momento, o terceiro setor "necessita de um apoio não só a nível de políticas eficazes, mas necessita que o país pense sobre ele mesmo", disse à agência Lusa Lúcio Rapaz.   "Estamos a falar de um setor que é chamado quando o público e o privado fracassam, onde não chegam ou chegam tarde", disse, explicando que este setor se "distingue dos outros pelo reinvestimento dos excedentes" e porque "está no terreno, próximo sobretudo daqueles que mais necessitam".   O investigador destacou à Lusa "a dimensão" e o "peso extremamente significativo" da economia social, constituída por mais de 55 mil organizações, que representa 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), constitui 5,5% do emprego remunerado em Portugal e envolve mais de 14 mil milhões de euros em recursos financeiros   Fazem parte deste setor associações, instituições particulares de solidariedade social, mais de 2.000 cooperativas, mais de 500 fundações, quase 400 misericórdias e 120 mutualidades, sendo que mais de metade destas organizações está ligada à cultura, ao desporto e ao lazer e cerca de 30% são organizações de culto e congregações.   Perante esta realidade, Lúcio Rapaz defendeu ser "muito importante que o setor seja efetivamente pensado e que se traga a questão da estratégia na economia social para a ordem do dia", para que a economia social possa avançar de uma "forma ainda mais capaz".   O livro divulga os resultados de um estudo, que envolveu 14 organizações que caracterizam horizontalmente a Economia Social Portuguesa, e constatou "a falta de coordenação" entre as instituições e a falta de uma estratégia e gestão estratégica neste setor.   "A utopia portuguesa reside exatamente no facto de este mesmo setor ser constituído por organizações, que labutam diariamente a duas velocidades" ou realidades, disse Lúcio Rapaz.   Por um lado, há um grupo que tem "um reduzido acesso às técnicas eficazes" e caracteriza-se por "uma gestão deficiente e sem capacidade de prever o futuro, com uma estratégia pensada ano a ano, quando é pensada".   Mas, por outro lado, existe outro grupo (fundações, mutualidades) que "está munido das referidas técnicas" tem um "'know-how' específico" e é dotado de meios financeiros.   Neste grupo, já existe uma gestão estratégica que "antecipa eficazmente o futuro, cumprindo o seu dever de forma plena", disse o investigador.   O livro conta com o prólogo de Guilherme d'Oliveira Martins, com o prefácio de Adriano Moreira e posfácio do cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

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