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Aumento do salário mínimo vai provocar "grandes dificuldades" às IPSS

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu hoje que o aumento do salário mínimo vai provocar "grandes dificuldades" a estas organizações, desafiando o Governo a atualizar o apoio ao setor no próximo Orçamento do Estado.

29-09-2014

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu hoje que o aumento do salário mínimo vai provocar "grandes dificuldades" a estas organizações, desafiando o Governo a atualizar o apoio ao setor no próximo Orçamento do Estado.

"Todos nós achamos que é muito importante que haja aumento do salário mínimo, mas vai provocar grandes dificuldades às instituições", disse hoje à agência Lusa o presidente da CNIS, Lino Maia. Em Fátima, à margem do encontro "As IPSS e a saúde - Perspetivas para o século XXI", Lino Maia referiu que "não é só o salário mínimo que aumenta", mas também um conjunto de ordenados que estão perto daquele que "vão ter que aumentar".

"Compreendem-no, é muito importante, mas vão ter muita dificuldade em suportar o aumento, porque elas estão todas no fio da navalha", garantiu o responsável, referindo que as instituições "não têm a receita correspondente".

O dirigente da CNIS desafia o Governo, de coligação PSD/CDS-PP, a equacionar uma "atualização do apoio do Estado a este setor solidário" na elaboração do Orçamento de Estado para 2015.

"Tem havido alguma atualização mínima", reconheceu Lino Maia, ressalvando que "não tem acompanhado a inflação e não tem acompanhado, de modo nenhum, o aumento de despesa".

A esta situação, há a somar, ainda, a diminuição da receita, dado que "as comparticipações dos utentes têm vindo a diminuir muito significativamente".

"Com o desemprego, com o empobrecimento coletivo, temos muito menos receita por parte dos utentes, temos aumento de despesa", declarou, defendendo a necessidade de o Estado olhar para este setor.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o aumento do salário mínimo nacional de 485 para 505 euros a partir de 01 de outubro, com base no acordo assinado no dia anterior com as confederações patronais e a UGT.

Nos termos do mesmo acordo, do qual ficou de fora a CGTP, foi também aprovada uma redução de 0,75 pontos percentuais da taxa contributiva a pagar pelas entidades empregadoras, referida como uma "medida excecional de apoio ao emprego" no comunicado do Conselho de Ministros.

Considerando que o aumento do salário mínimo "pode provocar alguma atividade económica", o presidente da CNIS realçou a importância da medida num país que tem "demasiadas famílias" com "rendimentos muitíssimos baixos que não conseguem enfrentar as suas despesas".

Questionado sobre a existência de instituições particulares de solidariedade social em situação de insolvência, Lino Maia admitiu haver "alguns casos", cujo número não especificou, mas manifestou-se esperançado que "ainda haja alguma intervenção que evite o colapso".

"Casos identificados [de insolvência] são muito poucos neste momento, agora a ameaçar há muitas situações", acrescentou. A CNIS representa cerca de 2.850 instituições que empregam mais de 200 mil trabalhadores.

Fonte: Lusa

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