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Notícias

Quanta água devemos beber por dia?

Possivelmente já respondeu à questão, mas a quantidade ideal não é a mesma para todas as pessoas.   Uns bebem o suficiente, outros exageram e há ainda quem quase não lhe toque. Beber água é fundamental para a saúde e crucial para o bom funcionamento dos órgãos e do organismo. Mas há uma pergunta que impera e que comummente é respondida. Qual a quantidade de água que devemos beber diariamente?   Possivelmente tem a resposta na ponta da língua e aponta para os dois litros diários. Não está longe da verdade.   Uma recomendação da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, lançada em 2010, sugere que os homens adultos bebam cerca de dois litros de água por dia e que as mulheres ingiram, em média, 1,6 litros. O equivalente a dez e oito copos de água, respetivamente.   Mas estes números são apenas uma base. A ingestão recomendada de água por dia varia de pessoa para pessoa, do seu peso, da sua altura, do seu nível de atividade e da sua saúde, explica ao The Independent a médica Alexandra Phelan.   Deste modo, as pessoas podem regular a quantidade de água a ingerir pelos sinais que o próprio corpo dá. Quando se tem sede, bebe-se água. Pode-se beber leite, chá, cerveja ou qualquer outra bebida, mas estas apenas ‘matarão’ a sensação de secura e não irão hidratar o corpo da melhor forma. Além disso, por exemplo, a cerveja é diurética e apenas fará com que o corpo fique ainda mais desidratado, embora a sede tenha sido saciada.   Um outro sinal que o corpo dá é a cor da urina. Assim que apresenta uma tonalidade escura, o corpo está a indicar a falta e necessidade de água. Quando apresenta um aspeto transparente e as idas à casa de banho são mais do que frequentes, o corpo está a dizer que, para aquele momento, não precisa de mais água.  A tonalidade mais indicada é o amarelo claro.   Boca seca é outro dos sinais que o corpo dá quando sente carência de água, assim como as tonturas ou, por vezes, indisposições.   Por seu turno, também existem sinais de quando o corpo está com ‘água a mais’. Embora os sintomas sejam mais difíceis de detetar, o mais comum é o inchaço nos tornozelos e a retenção de líquidos, visível no abdominal inchado, por exemplo.

16-07-2015

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Ministro Mota Soares elogia “heroísmo resiliente” nas IPSS

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social inaugurou, ontem à tarde, o Centro Aníbal Araújo, valência social da Associação de Pais e Amigos das Crianças Inadaptadas (APACI), em Tamel S.Veríssimo, tendo considerado que, nas instituições particulares de solidariedade social, se encontra o “heroísmo da resiliência”. 

28-06-2015

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Portugal perdeu mais de 50 mil habitantes em 2014

Portugal perdeu cerca de 52.500 habitantes em 2014 em consequência de um saldo natural negativo e de números na emigração superiores à imigração, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).   De acordo com o INE, a 31 de dezembro de 2014 a população residente em Portugal cifrava-se em 10.374.822 pessoas, menos 52.479 que em 31 de dezembro de 2013, dados que se traduzem "numa taxa de crescimento negativa de 0,5%, reflexos da conjugação de saldos natural e migratório negativos".   Segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, apesar do número de óbitos de residentes ter diminuído (104.790 em 2014 contra 106.545 em 2013), também diminuiu o número de nados-vivos (82.367 em 2014 contra 82.787 no ano anterior), o que resultou num saldo natural negativo (número de óbitos superior ao número de nascimentos) de 22.423 pessoas.   Já o saldo migratório no final de 2014 cifrou-se em menos 30.056 pessoas, apesar do número de imigrantes permanentes (19.516) ter subido quase 2.000 face a 2013 e do número de emigrantes (49.572 em 2014) ter diminuído em mais de 4.000 relativamente a 2013.

28-06-2015

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Quase 167 mil idosos recebiam complemento solidário em abril

O número de idosos a receber o Complemento Solidário era de 166.814 em abril, menos 2.143 do que em março e menos 27.060 do que em relação ao período homólogo de 2014, segundo os dados do Instituto da Segurança Social.   Os dados, divulgados hoje, depois dos últimos dados estatísticos terem sido apresentados em janeiro, mostram que o número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) permanece em tendência decrescente durante os primeiros quatro meses deste ano.   Assim, depois de o mês de dezembro de 2014 ter terminado com 170.525 idosos beneficiários, em janeiro houve 169.653, número que em fevereiro desce ligeiramente para 169.057, subindo em março para os 169.957 e voltando depois a descer em abril para os 166.814.   Comparando com o mês de abril do ano passado, há uma quebra de cerca de 14%, já que nesse mês houve 193.874 idosos beneficiários.   Segundo os dados do ISS, a maioria dos atuais beneficiários são do sexo feminino, havendo 116.430 mulheres contra 50.384 homens.   Já na distribuição geográfica, os distritos do Porto (26.591), Lisboa (24.055) e Braga (12.799) são os que têm mais idosos a receber esta prestação social.   "O Complemento Solidário para Idosos é um apoio em dinheiro pago mensalmente aos idosos de baixos recursos, com idade igual ou superior à idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de Segurança Social, ou seja, 66 anos e residentes em Portugal", lê-se no 'site' do ISS.

24-05-2015

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Amas recebem confirmação da Segurança Social de que vão passar para IPSS

A Associação dos Profissionais no Regime Amas (APRA) disse nesta segunda-feira ter recebido, do Instituto de Segurança Social (ISS), a garantia de que pretende transferir estes trabalhadores para as IPSS, aguardando a publicação da lei relativa às instituições de enquadramento.   “O Instituto da Segurança Social vai cessar a responsabilidade para com as amas enquadradas na Segurança Social, e o que pretendem fazer é transferir todas as amas para as IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social]”, disse à Lusa Romana Sousa, presidente da assembleia-geral da APRA.   Segundo a dirigente, esta garantia foi dada por responsáveis do ISS no decorrer de uma reunião que teve lugar nesta segunda-feira, sublinhando que estão em causa mais de 400 amas. Romana Sousa adiantou que a associação não obteve resposta por parte do ISS quanto ao modo como essa transferência deverá ser feita e de que forma será garantido que as amas estão próximas de quem mais precisa.   “Como e onde é que estão as IPSS em locais tão distantes dos centros das cidades? Porque não é no meio de Braga ou no meio do Porto ou de Coimbra que o problema se põe, mas é nos arredores, porque as amas estão a trabalhar em locais fora dos centros”, apontou a dirigente da APRA.   Por outro lado, questionou que haja IPSS a querer ficar com “tantas amas”, ressalvando não ter também obtido resposta a essa pergunta e que o ISS está ainda “num processo de investigação e de procura”. “Para nós isto está a funcionar como um despedimento colectivo. Se não é a Segurança Social a despedir, são as IPSS a despedir, mas que vão ser despedidas vão, o que nós achamos muitíssimo injusto”, denunciou, ressalvando que a maior parte das IPSS já tem a valência de ama.   Relativamente à nova lei de enquadramento da profissão, que já foi aprovada em Conselho de Ministros, mas aguarda publicação em Diário da República, Romana Sousa diz que tem em conta apenas as amas que vão iniciar agora actividade, esquecendo “as que já cá estão há tantos anos”. “Foi-nos garantido que, dentro de 60 dias, após a publicação desta lei, será feita a lei referente às instituições de enquadramento e às amas que trabalham nas instituições de enquadramento”, adiantou.   De acordo com a responsável, a APRA vai agora aguardar pela publicação da lei, adiantando já ter falado sobre alguns dos pontos que virão reflectidos na nova legislação, nomeadamente em matéria de responsabilidades das profissionais.   “Falámos sobre vencimentos das amas, que continuam a passar um recibo verde injusto, depois de toda a hierarquia a que estão sujeitas e que são completamente subordinadas às instituições, assim como as amas da segurança social são subordinadas à Segurança Social”, apontou. Disse igualmente ter receio que, com a passagem de todas as amas que estão sob responsabilidade do ISS para as IPSS, a comparticipação mensal exigida aos pais seja aumentada, ressalvando que em causa estão famílias com graves problemas ao nível do desemprego.   “Estas pessoas não conseguem dispor de 50 euros para pagar uma mensalidade mínima de uma IPSS. Quem é que apoia estes pais?”, questionou Romana Sousa.   Fonte: Lusa

21-04-2015

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Candidaturas das IPSS aos Novos Fundos Abrem em junho

O ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou que em junho vão abrir as candidaturas para as IPSS concorrerem aos novos fundos comunitários.   “Queremos já a partir do próximo mês de junho ter abertas as candidaturas nesta área aos contratos locais de desenvolvimento social e à rede local de intervenção social, para podermos muito rapidamente começar a utilizar as verbas comunitárias e, acima de tudo, chegar às pessoas”, disse Mota Soares.   O ministro falava à Lusa após ter reunido em Albergaria-a-velha com dirigentes de mais de uma dezena de instituições particulares de solidariedade social, para expor as linhas de orientação dos novos fundos comunitários na área social.   “Portugal pela primeira vez tem programa operacional especificamente dirigido para a dimensão da ação social. Estamos a falar de mais de 2 mil milhões de euros para utilizar nos próximos anos para a inclusão social e emprego e é dinheiro que é fundamental para continuarmos a desenvolver uma resposta de inclusão social”, afirmou.   Para o ministro, a contratualização com as instituições sociais é “fundamental” para o País aproveitar as verbas que são colocadas à sua disposição e conseguir a inclusão efetiva das pessoas, o combate ao desemprego e á pobreza.   “É para nós muito importante nesta altura trabalhar com estas instituições e prepará-las para esse grande desafio. São elas que têm uma capacidade de intervenção social de proximidade, porque o Estado não tem a capilaridade que as instituições sociais conseguem dar”, disse.

18-04-2015

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Setor social salva médicos de família

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu esta sexta-feira recorrer de forma "residual e temporária" às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para dar resposta à falta de médicos de família.   "Há muitas coisas a fazer, quer em termos de optimização, quer em termos de, voluntariamente, os médicos terem um número adicional de utentes que acompanhem durante um período de tempo, quer através de convenções pontuais que se queiram fazer em determinadas áreas, designadamente com IPSS onde haja essas condições", afirmou o ministro à margem da inauguração do novo Pavilhão de Ambulatório do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho.   Para cumprir o objectivo de "ter todos os portugueses com um médico de família", Paulo Macedo contou que há "múltiplas iniciativas" que têm sido analisadas e "uma delas passa por, durante um período transitório, extraordinário, e para zonas carenciadas, mais médicos poderem ver, de forma voluntária, um número maior de utentes".   "Isso é totalmente pacífico, de forma transitória e extraordinária quer com a Ordem dos Médicos quer com os sindicatos", frisou o governante, para quem "se o país fosse uma realidade equitativa, que não é, bastava cada médico ver mais 200 utentes".   Paralelamente, o Governo está a equacionar um recurso às IPSS. A ser efectuado, "será se houver acordo e será sempre de uma forma residual e temporária".   "Não é daí com certeza que virá um grande contributo", realçou Paulo Macedo, acrescentando estar "disponível para analisar essa possibilidade" em concelhos como a Amadora e na região de Lisboa, onde se verifica "uma grande falta de médicos de família" e onde a resposta pode ser dada pela Santa Casa da Misericórdia da Amadora ou pelos Serviços Sociais da Câmara de Lisboa.   Questionado sobre o número de utentes que podem ser abrangidos por esta medida respondeu: "estamos sempre a falar de 20 mil, 30 mil, 40 mil, 50 mil pessoas".   "Será residual comparando com aquilo que é a cobertura de médicos de família (...), que deve vir pelos que são formados e contratados por tempo indeterminado pelo Estado", assinalou o ministro, que lembrou os "mais de 300 médicos" que deverão acabar a sua especialização nos meses de Abril e Setembro.   O Ministério da Saúde confirmou quinta-feira a intenção de discutir o alargamento da lista de utentes por médico de família, mas sublinhou que ainda não está definido um limite máximo.   Numa resposta enviada à agência Lusa, o Ministério refere que o alargamento da lista de utentes, que ainda está em discussão com os sindicatos médicos, será transitório, voluntário, será apenas em zonas carenciadas como para os incentivos à mobilidade e terá a dimensão que os médicos estiverem dispostos a aceitar individualmente "até um limite a definir".   Em reacção, a Ordem dos Médicos do Norte considerou que aumentar o número de utentes por médico de família "compromete a qualidade do ato médico", vendo a medida como "um sinal claro e inequívoco do desnorte da política de Saúde".

11-04-2015

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ONGs em Portugal, milhares invisíveis

São milhares em Portugal. De Organizações Não Governamentais (ONG), que são privadas e sem fins lucrativos, que não são nem empresas nem instituições do setor público, e que desenvolvem a sua atividade na área social, nas áreas da cultura, da educação e investigação, social, da proteção do ambiente, da saúde e da defesa dos direitos humanos, entre outras.   Lidam com a satisfação de necessidades que não são o foco das empresas, que daí não retirariam retorno suficiente, e que não são usualmente prioridade dos governantes, passados, presentes e futuros, na medida em que não são necessidades do eleitor mediano, muito embora não se ignore o contributo da sua satisfação para a coesão social.   São associações e fundações, e podem ser cooperativas; e esta tipologia é suficiente para abarcarmos, por exemplo, as misericórdias e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). As ONG, porque estão onde não está outro tipo de organizações, a satisfazer necessidades tantas vezes prementes, e porque estão, muitas, a fazer bem o bem, são indispensáveis. Tantas vezes invisíveis para a maioria, mas indispensáveis.   Há quem lhes chame organizações do terceiro setor, ou da economia social, entre várias outras denominações, nem todas coincidentes, mas todas respeitantes a uma realidade que é privada, não pública, e em que os eventuais excedentes têm que ser reinvestidos. A Fundação Calouste Gulbenkian chama-as de ONG no âmbito do seu Programa Cidadania Ativa, e desafiou uma equipa de investigadores a definir o conceito e a estudar estas organizações em Portugal. De acordo com o conceito de ONG trabalhado estaremos a falar de mais de 17.000 organizações em Portugal (se nos guiarmos pelo conceito de referência do Instituto Nacional de Estatística para a Conta Satélite da Economia Social estaremos a falar de mais de 55.000 organizações).   E são organizações que precisam de nós, de todos os cidadãos, como constatado no referido estudo. Precisam de voluntários a vários níveis: na liderança e no exercício de funções de gestão a título de voluntariado de competências. Precisam de gestores profissionais: de recém-licenciados e de profissionais com experiência que queiram e possam optar por um emprego diferente onde o esforço diário é servir diretamente o interesse público. Precisam do reforço de competências ao nível da gestão estratégica, do marketing e da angariação de fundos, da gestão da qualidade, entre várias outras. Iniciaram já caminho nestas áreas, algumas têm desempenhos notáveis, mas é preciso ir mais longe e mais depressa.   Não temos grande história em Portugal de campanhas nacionais de apelo ao voluntariado e às doações. Mas a necessidade está lá. A nossa história enquanto nação explica-nos em boa parte como sempre contamos com a Igreja e os monarcas, primeiro, para nos resolverem os problemas, e depois com o Estado, que durante quatro décadas foi ditatorial e inibidor da sociedade civil. Ficaram marcas profundas na sociedade civil. Há quem nos chame de brandos, Hofstede diria distantes do poder. Mas a saúde da sociedade civil e a capacidade de resposta às suas necessidades depende de todos nós e do nosso envolvimento. Porque há necessidades cuja satisfação não garante a sobrevivência das empresas e os governantes não irão além do eleitor mediano...

11-04-2015

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Resgate: Portugal tem mais 200 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão

Quatro anos depois do início do resgate financeiro, a economia portuguesa voltou a crescer, mas há mais 210 mil pessoas em risco de pobreza e exclusão social do que em 2010, sendo esta uma das críticas da troika ao Governo.   No ano passado, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números ainda preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.    Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.

05-04-2015

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Pedro Mota Soares Anuncia 50 Milhões Para 200 Respostas Sociais

É a proposta do Governo à necessidade de um maior envolvimento com a economia social. Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, disse durante o mais recente debate no International Club of Portugal (ICPT) que vão ser abertas 200 respostas sociais.   Cerca de 50 milhões de euros de verbas da ação social vão ficar disponíveis para 200 respostas sociais na área das creches, apoio a idosos e outras vertentes de inclusão social, anunciou Pedro Mota Soares. O ministro, que falava no mais recente evento do International Club of Portugal ,disse que o seu ministério irá abrir todas as respostas sociais potenciadas por fundos comunitários e não irá desperdiçar um cêntimo. “Não vamos devolver nada a Bruxelas”, disse.   Outra área de investimento prende-se com a demografia e, nessa ótica, anunciou um incentivo à empregabilidade dos pais, ou seja, irá haver fundos para permitir que os pais trabalhem algumas horas, possam estar com os filhos e não percam rendimentos. Dentro da lógica da coesão da sociedade portuguesa, o governante disse já terem sido apoiados 50 mil cidadãos no regresso ao mercado de trabalho, reafirmando a continuação do programa “Garantia jovem”, a par do programa “Reativar” para desempregados de longa duração, com estágios para cidadãos com mais de 31 anos.   Disse ainda no evento do ICPT que o volume de transferências sociais no ano passado foi quatro pontos percentuais acima do realizado em 2010. O governante foi sempre ressalvando a parceria com a economia social e solidária, destacando o facto do setor do apoio social ter gerado 12 mil empregos, sendo que muitos deles aconteceram em regiões mais desfavorecidas e envolveram pessoas com poucos conhecimentos.   Questionado sobre o modelo social europeu, que tem 9% da população mundial e gasta 50% de todas as despesas mundiais em apoios desta natureza, o ministro disse que a diferenciação objetiva da UE em face do resto do mundo está no modelo de proteção social e que, tendo (a UE) um “ganho civilizacional, temos de ter capacidade de reformar (o modelo)”.   Este, disse, não tem de ser assente apenas no Estado. É relevante a proximidade com as próprias famílias, a par das IPSS e com quem o Estado “tem de ser parceiro”.

26-03-2015

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Autonomia e qualidade de vida na velhice

A noção de autonomia refere-se à competência que as pessoas, têm para tomarem as decisões por si próprias e de determinarem quais as normas e procedimentos mais adequados para si independentemente da vontade dos outros e está relacionada com a de qualidade de vida por ambas estarem associadas à saúde mental do idoso.   Neste contexto, este conceito é o critério utilizado para aferir as condições em que vivem todos os idosos e está relacionado com as condições materiais como a habitação o saneamento básico, o estado de saúde, o contexto económico, a educação, os factores sociodemográficos (idade, estado civil, género, etnia, entre outros) e sociais (as relações interpessoais com a família, amigos, vizinhos). Todos estes factores poderão contribuir para influenciar a maneira como os idosos interpretam a vida e se relacionam com os outros e com eles próprios, constituindo o que se chama “o bem-estar psicológico”.   Este conceito procura definir a percepção avaliativa que o idoso tem da sua própria existência, através da sua satisfação com a vida (valorização cognitiva) e da afectividade (atitudes manifestadas em relação a essa mesma avaliação), onde pode ser bastante influenciado por factores ambientais, socioculturais e pelo seu estado de saúde (mental e físico), constituindo um aspeto subjetivo que poderá influenciar o equilíbrio interno do organismo e a sua felicidade.   Nessa perspectiva o processo de envelhecimento é marcado por alterações de natureza biológica, provocadas pela degradação gradual das competências de ajustamento da sua anatomia física, onde se assiste posteriormente a um aumento progressivo da vulnerabilidade do corpo à doença e à incapacidade, psíquicas relacionadas com as capacidades psicológicas que os indivíduos podem dispor para se adaptarem às mudanças no meio ambiente físico e social.    Estas competências abrangem, entre outras áreas ligadas à saúde mental, as funções cognitivas, a afectividade, a autonomia, as aptidões para a aprendizagem e a memória, entre outras competências ligadas à estabilidade emocional. As sociais compreendem o processo de modificação de funções, preceitos sociais e costumes, em conformidade com a sociedade e a cultura na qual está inserido, em relação às expectativas e comportamentos geralmente esperados para os idosos.   Envelhecer constitui um processo natural da vida e acontece gradualmente ao longo do tempo. As alterações associadas à idade manifestam-se de maneira diferente em cada pessoa, em idades mais jovens ou mais avançadas. Enquanto algumas pessoas envelhecem quase sem perdas de competências, outras sofrem de enfermidades e incapacidades ou estão dependentes de terceiros para quase todas as actividades vitais.   O envelhecimento não se restringe a uma transformação exclusivamente biológica, pois as condições socioeconómicas, a vida pessoal, o estilo de vida, as habilitações académicas, a actividade profissional exercida, a alimentação, os hábitos de risco como o consumo de álcool, tabaco, drogas, poderão contribuir para atrasar ou adiantar a sua acção nesse sentido, pelo que podemos considerar dois tipos de envelhecimento: O normal e o patológico.    O considerado normal não é uma doença, mas uma sucessão de alterações biológicas que acontecem sem estarem associadas a uma patologia. Embora possam existir alterações no organismo das pessoas, estas continuam a ser competentes a nível físico e mental, sendo capazes de viver de maneira autónoma e independente.    O envelhecimento patológico refere-se às alterações provocadas pelas doenças associadas a um determinado grupo etário e que são independentes das transformações consideradas normais. Estão relacionadas com o declínio característico das funções provocadas pelo processo de senescência normal, podendo contribuir para a diminuição da capacidade funcional e causar um aumento da necessidade de cuidados de saúde e do apoio de outras pessoas para a realização das suas atividades diárias e na origem de diversas como, a Osteoporose, a Artrite Reumatoide, a Hipertensão, a Diabetes, a doença de Alzeimer e a de Parkinson entre outras.    Nesse sentido na velhice a autonomia e a qualidade de vida do idoso, está comprometida pela existência destas incapacidades resultantes de deficiências provocadas pelo envelhecimento biológico ou psicológico.    Nessa linha de pensamento seria necessário, uma maior sensibilização da sociedade civil e dos governos dos estados para o implementar de políticas direccionadas para a melhoria das estruturas de apoio à população idosa, pois a maior incidência de situações de doença, incapacidade e dependência provocadas pelo envelhecimento deve-se à existência de situações sociais adversas (solidão, abandono, pobreza, exclusão social, maus tratos, negligência, dependência de familiares ou da ajuda das instituições de solidariedade social, entre outras), tão comuns na nossa sociedade. A adoção de um estilo de vida saudável e os comportamentos a ela associados ocorrem num sistema complexo de relações a vários níveis: individual, comunitário, ecológico e das organizações.    Nesse âmbito e por a população idosa ser bastante heterogénea em relação ao seu estado de saúde, seriam necessárias mais campanhas de promoção da saúde, orientadas por equipas de profissionais das mais diversas áreas (Assistentes Sociais, Psicólogos, enfermeiros, que pudessem estimular a população idosa para hábitos e formas de viver mais saudáveis e ecológicas.   A mudança para um estilo de vida ativo adequado às competências físicas e psíquicas do idoso, como a prática de atividades em grupo, de animação sociocultural, jogos, pintura, leitura ou escrita, poderão constituir um estímulo à capacidade cognitiva do idoso, de forma a diminuir a incidência de doenças, recuperar a sua dignidade e a oportunidade de poder continuar a sentir-se útil, melhorar a sua qualidade de vida e a forma como perceciona a sua existência, constituindo um ganho para todos nós, pela possibilidade de termos pessoas autónomas durante mais anos, que podem dar o seu contributo à sociedade.   Fonte: Sérgio Pardal | Assistente Social e Mestre em Relação de Ajuda e Intervenção Terapêutica

22-03-2015

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IRS. Portugueses oferecem €12,7 milhões a IPSS

O IRS consignado pelas famílias portuguesas vai beneficiar 2255 instituições de solidariedade.

21-03-2015

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