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Solução para Ramal da Lousã decidida em dois meses

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) disse nesta quarta-feira que uma solução para o ramal ferroviário da Lousã poderá ser decidida nos próximos dois meses, devendo ser analisadas várias opções tecnológicas.   “Não está nada decidido sobre a solução tecnológica”, afirmou Ana Abrunhosa, na Lousã, indicando que o Governo decidiu, no Verão passado, recorrer aos fundos comunitários para concluir as obras no Ramal da Lousã e frisando que a Comissão Europeia exige que sejam analisadas diferentes soluções. No sábado, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que mantém o compromisso de resolver o problema do Ramal da Lousã, encerrado em 2009 para obras que foram suspensas a seguir. Passos Coelho disse, em Miranda do Corvo, que a CCDRC está a preparar o processo de candidatura no âmbito do Programa Operacional Regional e admitiu que uma das soluções poderia ser um autocarro eléctrico, entre outras opções possíveis.   Realçando que não existe “qualquer preconceito em relação à solução de metro”, nem a outras, a presidente da CCDRC defendeu nesta quarta-feira a necessidade de “garantir (...) um serviço a uma população que há cinco anos deixou de o ter”. Ana Abrunhosa falava no final da inauguração da Escola Básica n.º 1 da Lousã, que começou a funcionar em Setembro. Financiada com verbas europeias do programa Mais Centro, a obra custou cinco milhões de euros e foi realizada num terreno que a câmara adquiriu por 500 mil euros a um empresário local do ramo imobiliário.   Durante a visita, uma delegação da recém-criada plataforma cívica Lousã pelo Ramal entregou a Ana Abrunhosa um estudo do professor universitário Manuel Tão, propondo uma reposição da ligação ferroviária com custos estimados em 60 milhões de euros, não incluindo o material circulante. Em declarações à Lusa, Pedro Curvelo, representante daquele movimento, salientou que a solução subscrita por Manuel Tão, doutorado em Economia dos Transportes, “tem custos aceitáveis que devem ser tomados em consideração”.   A solução de metro ligeiro, preconizada há 20 anos por diferentes governos, sobretudo desde a criação da sociedade Metro Mondego (MM), em 1996, “tem custos elevadíssimos”, disse Pedro Curvelo, engenheiro civil e ex-vereador do PSD na Câmara da Lousã. O projecto já custou cerca de 140 milhões de euros.   O presidente da autarquia e da assembleia geral da MM, Luís Antunes, afirmou que os municípios de Lousã, Miranda e Coimbra não abdicam de “uma solução ferroviária” para o Ramal da Lousã, mas “não têm qualquer preconceito” em relação a soluções diferentes da preconizada pela empresa. O autarca socialista disse que as obras em falta no Ramal da Lousã, permitindo retomar a circulação até Coimbra, importarão em 130 milhões de euros, mais do dobro da proposta de Manuel Tão.   No seu estudo, o investigador da Universidade do Algarve também não inclui material circulante, admitindo a utilização de composições da CP que estão disponíveis, tal como a MM prevê recorrer a carruagens da Metro do Porto ou da Metro Sul do Tejo, “pagas pelo Estado”, como salientou Luís Antunes em recente entrevista à agência Lusa.   Ana Abrunhosa aceitou reunir-se, em Janeiro, com uma representação do Lousã pelo Ramal, para analisar a proposta de Manuel Tão, que mantém a linha centenária ligada à Rede Ferroviária Nacional, permitindo a eventual retoma dos transportes de mercadorias e a instalação futura do metro em Coimbra.   A presidente da CCDRC disse ainda que, até Julho, a Comissão Europeia não estava informada oficialmente do projecto de metro que desde 1996 abrange o Ramal da Lousã. "Estava tudo por fazer", lamentou Ana Abrunhosa, acrescentando que a Comissão Europeia "conhecia o projecto dos jornais, mas nunca lhe foram apresentados detalhes técnicos e os estudos" para instalar um sistema de metro ligeiro na cidade de Coimbra e na ferrovia entre Serpins e Coimbra B. "Até há pouco tempo, o projecto não estava no Programa Operacional Regional", onde "passou a estar a partir de Julho", abrangendo apenas o Ramal da Lousã, numa primeira fase, disse.   Apesar de reconhecer que a MM, criada em 1996, ao abrigo de um diploma publicado pelo último Governo de Cavaco Silva, em 1994, "tinha feito o seu papel", Ana Abrunhosa frisou que o Estado português, através da CCDRC e do Governo, só "conversou pela primeira vez com a Comissão Europeia sobre este projecto" no último Verão. "Foi uma preocupação muito grande, porque não víamos o financiamento em nenhum programa", adiantou a responsável, que assumiu a liderança da CCDRC em Maio.

11-12-2014

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) disse nesta quarta-feira que uma solução para o ramal ferroviário da Lousã poderá ser decidida nos próximos dois meses, devendo ser analisadas várias opções tecnológicas.   “Não está nada decidido sobre a solução tecnológica”, afirmou Ana Abrunhosa, na Lousã, indicando que o Governo decidiu, no Verão passado, recorrer aos fundos comunitários para concluir as obras no Ramal da Lousã e frisando que a Comissão Europeia exige que sejam analisadas diferentes soluções. No sábado, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que mantém o compromisso de resolver o problema do Ramal da Lousã, encerrado em 2009 para obras que foram suspensas a seguir. Passos Coelho disse, em Miranda do Corvo, que a CCDRC está a preparar o processo de candidatura no âmbito do Programa Operacional Regional e admitiu que uma das soluções poderia ser um autocarro eléctrico, entre outras opções possíveis.   Realçando que não existe “qualquer preconceito em relação à solução de metro”, nem a outras, a presidente da CCDRC defendeu nesta quarta-feira a necessidade de “garantir (...) um serviço a uma população que há cinco anos deixou de o ter”. Ana Abrunhosa falava no final da inauguração da Escola Básica n.º 1 da Lousã, que começou a funcionar em Setembro. Financiada com verbas europeias do programa Mais Centro, a obra custou cinco milhões de euros e foi realizada num terreno que a câmara adquiriu por 500 mil euros a um empresário local do ramo imobiliário.   Durante a visita, uma delegação da recém-criada plataforma cívica Lousã pelo Ramal entregou a Ana Abrunhosa um estudo do professor universitário Manuel Tão, propondo uma reposição da ligação ferroviária com custos estimados em 60 milhões de euros, não incluindo o material circulante. Em declarações à Lusa, Pedro Curvelo, representante daquele movimento, salientou que a solução subscrita por Manuel Tão, doutorado em Economia dos Transportes, “tem custos aceitáveis que devem ser tomados em consideração”.   A solução de metro ligeiro, preconizada há 20 anos por diferentes governos, sobretudo desde a criação da sociedade Metro Mondego (MM), em 1996, “tem custos elevadíssimos”, disse Pedro Curvelo, engenheiro civil e ex-vereador do PSD na Câmara da Lousã. O projecto já custou cerca de 140 milhões de euros.   O presidente da autarquia e da assembleia geral da MM, Luís Antunes, afirmou que os municípios de Lousã, Miranda e Coimbra não abdicam de “uma solução ferroviária” para o Ramal da Lousã, mas “não têm qualquer preconceito” em relação a soluções diferentes da preconizada pela empresa. O autarca socialista disse que as obras em falta no Ramal da Lousã, permitindo retomar a circulação até Coimbra, importarão em 130 milhões de euros, mais do dobro da proposta de Manuel Tão.   No seu estudo, o investigador da Universidade do Algarve também não inclui material circulante, admitindo a utilização de composições da CP que estão disponíveis, tal como a MM prevê recorrer a carruagens da Metro do Porto ou da Metro Sul do Tejo, “pagas pelo Estado”, como salientou Luís Antunes em recente entrevista à agência Lusa.   Ana Abrunhosa aceitou reunir-se, em Janeiro, com uma representação do Lousã pelo Ramal, para analisar a proposta de Manuel Tão, que mantém a linha centenária ligada à Rede Ferroviária Nacional, permitindo a eventual retoma dos transportes de mercadorias e a instalação futura do metro em Coimbra.   A presidente da CCDRC disse ainda que, até Julho, a Comissão Europeia não estava informada oficialmente do projecto de metro que desde 1996 abrange o Ramal da Lousã. "Estava tudo por fazer", lamentou Ana Abrunhosa, acrescentando que a Comissão Europeia "conhecia o projecto dos jornais, mas nunca lhe foram apresentados detalhes técnicos e os estudos" para instalar um sistema de metro ligeiro na cidade de Coimbra e na ferrovia entre Serpins e Coimbra B. "Até há pouco tempo, o projecto não estava no Programa Operacional Regional", onde "passou a estar a partir de Julho", abrangendo apenas o Ramal da Lousã, numa primeira fase, disse.   Apesar de reconhecer que a MM, criada em 1996, ao abrigo de um diploma publicado pelo último Governo de Cavaco Silva, em 1994, "tinha feito o seu papel", Ana Abrunhosa frisou que o Estado português, através da CCDRC e do Governo, só "conversou pela primeira vez com a Comissão Europeia sobre este projecto" no último Verão. "Foi uma preocupação muito grande, porque não víamos o financiamento em nenhum programa", adiantou a responsável, que assumiu a liderança da CCDRC em Maio.

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