O Governo apresentou à Comissão Europeia uma solução para o Metro Mondego definida pelo ministro Poiares Maduro como "metropolitana rodoviária" e que pode levar à autorização de financiamento através de fundos europeus. Em declarações à agência Lusa, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional disse que o estudo pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que procura uma solução alternativa para o Metro Mondego "está praticamente concluído e que será apresentado nos próximos dias, mas que já existem conclusões preliminares". Embora recusando entrar em detalhes sobre a solução preconizada pelo LNEC, Poiares Maduro apelidou-a de "metropolitana rodoviária", garantindo que não se trata de um normal autocarro eléctrico: "É uma coisa diferente, as pessoas julgam que é um autocarro normal e não é. Do ponto de vista de funcionamento e de acessibilidade para as pessoas não é diferente do metro", frisou. Por outro lado, o ministro sublinhou que uma das conclusões preliminares aponta para que seja incluída na solução final a zona urbana de Coimbra, e não só a ligação entre aquela cidade e os municípios de Miranda do Corvo e Lousã, "para garantir a sustentabilidade global do projecto" do Metro Mondego. A ser adoptada, a solução também permitirá manter e utilizar investimentos já realizados no projecto, não os desperdiçando: "É isso que entendemos que pode levar a que, realmente, a Comissão Europeia aceite que fundos europeus possam ser utilizados para financiar esta solução", disse Poiares Maduro à Lusa. O ministro lembrou que a Comissão Europeia (CE) "tinha recusado financiar com fundos europeus o sistema de mobilidade" original, constituído por um metropolitano sobre carris, considerando-o "inaceitável por não ser minimamente sustentável, minimamente viável". No entanto, nas negociações com Bruxelas, o Governo conseguiu que a CE "aceitasse a possibilidade de poderem vir a ser utilizados fundos europeus para financiar o Sistema de Mobilidade do Mondego desde que Portugal apresentasse uma solução alternativa e demonstrasse a sua sustentabilidade económica e financeira" e que essa sustentação estivesse assente num estudo técnico "credível e independente". Numa altura de pré-campanha eleitoral para as legislativas, Poiares Maduro defende que a discussão sobre a solução que o Governo pretende ver implementada não deve ser politizada ou partidarizada. Levar a solução para o Metro Mondego para o debate político-partidário "será contaminar uma questão tão sensível e que tanta frustração trouxe, em primeiro lugar, às populações afectadas".
01-09-2015
O Governo apresentou à Comissão Europeia uma solução para o Metro Mondego definida pelo ministro Poiares Maduro como "metropolitana rodoviária" e que pode levar à autorização de financiamento através de fundos europeus. Em declarações à agência Lusa, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional disse que o estudo pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que procura uma solução alternativa para o Metro Mondego "está praticamente concluído e que será apresentado nos próximos dias, mas que já existem conclusões preliminares". Embora recusando entrar em detalhes sobre a solução preconizada pelo LNEC, Poiares Maduro apelidou-a de "metropolitana rodoviária", garantindo que não se trata de um normal autocarro eléctrico: "É uma coisa diferente, as pessoas julgam que é um autocarro normal e não é. Do ponto de vista de funcionamento e de acessibilidade para as pessoas não é diferente do metro", frisou. Por outro lado, o ministro sublinhou que uma das conclusões preliminares aponta para que seja incluída na solução final a zona urbana de Coimbra, e não só a ligação entre aquela cidade e os municípios de Miranda do Corvo e Lousã, "para garantir a sustentabilidade global do projecto" do Metro Mondego. A ser adoptada, a solução também permitirá manter e utilizar investimentos já realizados no projecto, não os desperdiçando: "É isso que entendemos que pode levar a que, realmente, a Comissão Europeia aceite que fundos europeus possam ser utilizados para financiar esta solução", disse Poiares Maduro à Lusa. O ministro lembrou que a Comissão Europeia (CE) "tinha recusado financiar com fundos europeus o sistema de mobilidade" original, constituído por um metropolitano sobre carris, considerando-o "inaceitável por não ser minimamente sustentável, minimamente viável". No entanto, nas negociações com Bruxelas, o Governo conseguiu que a CE "aceitasse a possibilidade de poderem vir a ser utilizados fundos europeus para financiar o Sistema de Mobilidade do Mondego desde que Portugal apresentasse uma solução alternativa e demonstrasse a sua sustentabilidade económica e financeira" e que essa sustentação estivesse assente num estudo técnico "credível e independente". Numa altura de pré-campanha eleitoral para as legislativas, Poiares Maduro defende que a discussão sobre a solução que o Governo pretende ver implementada não deve ser politizada ou partidarizada. Levar a solução para o Metro Mondego para o debate político-partidário "será contaminar uma questão tão sensível e que tanta frustração trouxe, em primeiro lugar, às populações afectadas".
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