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Futuro do Ramal da Lousã encontra-se "em aprofundamento"

José Manuel Pureza e Heitor de Sousa, dois deputados do BE, questionaram o Governo no passado mês de Dezembro quanto à reposição da ligação ferroviária entre Coimbra e Lousã     O Ramal da Lousã serviu os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã durante 103 anos e foi encerrada há 6 para obras ADRIANO MIRANDA   Uma solução para repor a ligação ferroviária entre Coimbra e Lousã "encontra-se em aprofundamento", segundo uma resposta do Governo ao grupo parlamentar do Bloco de Esquerda a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira.   Em Dezembro, os deputados do BE José Manuel Pureza e Heitor de Sousa questionaram o executivo sobre o futuro do Ramal da Lousã, no distrito de Coimbra, encerrado há seis anos para obras, e criticaram a "delapidação irresponsável do erário público".   "Encontra-se em aprofundamento a solução para a implementação da ligação entre Coimbra e a Lousã", afirma o gabinete do ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, na resposta à pergunta daqueles deputados, cujo assunto é identificado como "ligação ferroviária" entre Lousã e Coimbra.   Em 2009, a Refer (que actualmente integra a Infra-estruturas de Portugal, em conjunto com a Estradas de Portugal), "enquanto gestora da infra-estrutura ferroviária do Ramal da Lousã", numa extensão de 38 quilómetros, "foi incumbida de assegurar o investimento na reformulação e disponibilização do referido ramal, entre Serpins e Coimbra B, tendo em vista a implementação da primeira fase" do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), recorda.   "No âmbito deste projecto, foram desenvolvidos os estudos para a reformulação das infra-estruturas daquele ramal", acrescenta o gabinete de Pedro Marques.   No ofício, não são referidos prazos para apresentação e concretização da solução referida, nem a opção tecnológica a adoptar ou outros pormenores.   "Que calendário se compromete o Governo a adoptar para a implementação da ligação ferroviária qualificada entre Coimbra e a Lousã?", perguntavam José Manuel Pureza e Heitor de Sousa.   Estes deputados do BE, eleitos por Coimbra e Leiria, respectivamente, pretendiam ainda saber se o Governo tenciona "honrar o compromisso do Estado para com as populações de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã e concretizar a qualificação, electrificação e modernização da ligação ferroviária (...), articulando seguidamente essa linha com a linha de metro" em Coimbra.   Inaugurado em 1906, o Ramal da Lousã serviu os três concelhos, durante 103 anos, e foi encerrado em 2009, após as eleições autárquicas, por iniciativa do último Governo de José Sócrates, com apoio expresso das câmaras da Lousã e de Miranda, então presididas, respectivamente, por Fernando Carvalho (PS) e Fátima Ramos (PSD), agora deputada pela coligação Portugal à Frente (PSD-CDS).   Os dois antigos autarcas, economistas de profissão, marcaram presença no início do desmantelamento da ferrovia, em Serpins, enquanto o então homólogo de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD), optou pela ausência.   O desmantelamento da linha, a fim de instalar um sistema de metro em substituição do comboio convencional, ocorreu no âmbito das obras do SMM, lançadas pela Refer sem recorrer a fundos comunitários e suspensas pouco depois por razões financeiras.   Nas diversas empreitadas, já foram gastos entre 120 e 150 milhões de euros.   Apresentado há 10 anos pelo então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, o SMM é uma das várias versões do projecto concebido pela Metro Mondego, sociedade de capitais exclusivamente públicos, criada em 1996, que integra aqueles três municípios.

27-01-2016

José Manuel Pureza e Heitor de Sousa, dois deputados do BE, questionaram o Governo no passado mês de Dezembro quanto à reposição da ligação ferroviária entre Coimbra e Lousã     O Ramal da Lousã serviu os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã durante 103 anos e foi encerrada há 6 para obras ADRIANO MIRANDA   Uma solução para repor a ligação ferroviária entre Coimbra e Lousã "encontra-se em aprofundamento", segundo uma resposta do Governo ao grupo parlamentar do Bloco de Esquerda a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira.   Em Dezembro, os deputados do BE José Manuel Pureza e Heitor de Sousa questionaram o executivo sobre o futuro do Ramal da Lousã, no distrito de Coimbra, encerrado há seis anos para obras, e criticaram a "delapidação irresponsável do erário público".   "Encontra-se em aprofundamento a solução para a implementação da ligação entre Coimbra e a Lousã", afirma o gabinete do ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, na resposta à pergunta daqueles deputados, cujo assunto é identificado como "ligação ferroviária" entre Lousã e Coimbra.   Em 2009, a Refer (que actualmente integra a Infra-estruturas de Portugal, em conjunto com a Estradas de Portugal), "enquanto gestora da infra-estrutura ferroviária do Ramal da Lousã", numa extensão de 38 quilómetros, "foi incumbida de assegurar o investimento na reformulação e disponibilização do referido ramal, entre Serpins e Coimbra B, tendo em vista a implementação da primeira fase" do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), recorda.   "No âmbito deste projecto, foram desenvolvidos os estudos para a reformulação das infra-estruturas daquele ramal", acrescenta o gabinete de Pedro Marques.   No ofício, não são referidos prazos para apresentação e concretização da solução referida, nem a opção tecnológica a adoptar ou outros pormenores.   "Que calendário se compromete o Governo a adoptar para a implementação da ligação ferroviária qualificada entre Coimbra e a Lousã?", perguntavam José Manuel Pureza e Heitor de Sousa.   Estes deputados do BE, eleitos por Coimbra e Leiria, respectivamente, pretendiam ainda saber se o Governo tenciona "honrar o compromisso do Estado para com as populações de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã e concretizar a qualificação, electrificação e modernização da ligação ferroviária (...), articulando seguidamente essa linha com a linha de metro" em Coimbra.   Inaugurado em 1906, o Ramal da Lousã serviu os três concelhos, durante 103 anos, e foi encerrado em 2009, após as eleições autárquicas, por iniciativa do último Governo de José Sócrates, com apoio expresso das câmaras da Lousã e de Miranda, então presididas, respectivamente, por Fernando Carvalho (PS) e Fátima Ramos (PSD), agora deputada pela coligação Portugal à Frente (PSD-CDS).   Os dois antigos autarcas, economistas de profissão, marcaram presença no início do desmantelamento da ferrovia, em Serpins, enquanto o então homólogo de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD), optou pela ausência.   O desmantelamento da linha, a fim de instalar um sistema de metro em substituição do comboio convencional, ocorreu no âmbito das obras do SMM, lançadas pela Refer sem recorrer a fundos comunitários e suspensas pouco depois por razões financeiras.   Nas diversas empreitadas, já foram gastos entre 120 e 150 milhões de euros.   Apresentado há 10 anos pelo então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, o SMM é uma das várias versões do projecto concebido pela Metro Mondego, sociedade de capitais exclusivamente públicos, criada em 1996, que integra aqueles três municípios.

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